Este blog tem por finalidade, homenagear consagrados poetas e escritores e, os notáveis poetas da internet.
A todos nosso carinho e admiração.

Clube de Poetas









domingo, 5 de junho de 2011

ELIANE TRISKA


Eliane Couto Triska - Gaúcha, nascida no dia 21 de agosto em Porto Alegre no Estado do Rio Grande do Sul, encanta com seu sorriso franco... Com Formação em Direito e Psicologia, atualmente exerce a Psicologia Clínica, em Canoas, onde reside. Em 2008, na 54a. edição da Feira do Livro de Porto Alegre, lançou seu primeiro livro de poemas cujo título é: Os tempos e sua voz.

Escreve desde 2006, simplesmente escreve o que a alma dita: - “uma emoção sentida, uma história ou um coração de memórias”... "Escrever é minha liberdade e minha resistência!”.

Senhora de um olhar belo e penetrante, conheceu a música antes da poesia ... Sua escrita é clássica e, por uma questão talvez de personalidade, o soneto é seu gênero literário preferido.

Sobre sua poesia, assim diz nossa querida poeta:
“É o meu ato vândalo às limitações da vida, nesse vão entre desejo e realidade. É promessa, que não me nego, de continuar a existir na condição de humanidade que a letra da palavra evoca.”

Anna Peralva




SOBRE O AMOR
Eliane Triska


Amo-te nas perenes primaveras,
No estio dos setembros repetidos,
Nas letras comungando com as esperas
Dos livros - os penhores nunca lidos.

No balé dos meus sonhos te adiantas
Te dando à inocência... Tudo em vão!
Meu corpo, o repasto... e tu jantas
E encontras o pulsar de um coração.

Amo-te como o sol beija na testa
À semente a eclodir em solo bruto.
Céu-risos no perfume, o ar em festa
Da terra chora o útero em luto.

Já chega o junho, amor... Já é tão tarde!
Se fiel ao amor? ... Nem sei se o tenho!
Nem sei se é própria a dor do amor que invade
O amor, ou se é igual a que eu contenho.

Amo-te nos lamentos outonais.
É meia-noite... Ah, inquietações!
E em tua boca doce ... Quero mais!
E, durmo arquitetando ilusões.

Que importam os meus cantos solitários
- Se, um a um, a cega pauta tomba -
Darem vozes aos tempos libertários,
Se, afogam-se à noite. Grande onda!

Amo-te qual farrapo e descrente,
Se descrente o desejo só embriaga,
Eis-me à sede, à deriva e indigente
Sem um chão, um cobertor. Dá-me água!

Amor não vês? Sujeita ao teu domínio,
Afundo-me em choros sem pudores.
Tu mentes! Pois se és filho do destino
Por que só dás a mim tuas próprias dores?

Canoas, junho de 2009/RS

Trabalho de arte: Marilda Ternura

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