Este blog tem por finalidade, homenagear consagrados poetas e escritores e, os notáveis poetas da internet.
A todos nosso carinho e admiração.

Clube de Poetas









sexta-feira, 3 de junho de 2011

MÁRIO QUITANA




MÁRIO QUINTANA
1906 / 1994


Conhecido pela genial simplicidade de seus textos, Mario de Miranda Quintana
é considerado um dos maiores poetas brasileiros do século 20, pertencente à segunda geração do Movimento Modernista.
Começou a produzir seus primeiros trabalhos literários, publicados na revista
dos alunos da instituição, quando ingressou no Colégio Militar de Porto Alegre. Cinco anos depois, por problemas de saúde, Mario Quintana deixou o Colégio Militar e ficou em Porto Alegre trabalhando na Livraria do Globo, uma grande editora da época.

Em 1925, voltou a morar em Alegrete, onde passou a trabalhar na farmácia
de seu pai, ao mesmo tempo em que continuou escrevendo poesias e contos. Durante a Revolução de 30, alistou-se como voluntário no Batalhão dos Caçadores, uma das tropas civis que foi a pé até o Rio de Janeiro para conduzir Getúlio Vargas ao poder. Na então capital do país, morou por seis meses e depois retornou a Porto Alegre onde permaneceu até sua morte.

Recebeu seu primeiro prêmio literário com a publicação do conto "A sétima personagem", em concurso promovido pelo jornal "Diário de Notícias", de Porto Alegre. A partir de 1934, Quintana começou a traduzir livros de diversos escritores estrangeiros como Fred Marsyat, Voltaire, Virginia Woolf, Papini, Maupassant e, até mesmo, Marcel Proust. Algumas dessas traduções obtiveram tanto sucesso que continuam sendo reeditadas. Ao ler um de seus poemas na revista Ibirapuitan, o já consagrado escritor Monteiro Lobato lhe pediu que escrevesse um livro. A obra foi produzida doze anos depois, com o título
"Espelho Mágico".
O lançamento do seu primeiro livro só aconteceu em 1940, com a publicação de "A Rua dos Cataventos", obra formada por 35 sonetos. Apesar da boa aceitação pela crítica, o reconhecimento do seu trabalho como escritor só chegou três anos depois com "O aprendiz de feiticeiro", que recebeu elogios de grandes poetas brasileiros como Manuel Bandeira e Carlos Drummond de Andrade.

Entrevistado, Quintana declarou que a sua vida estava descrita nos seus poemas. "Minha vida está nos meus poemas, meus poemas são eu mesmo, nunca escrevi uma vírgula que não fosse uma confissão".

Solteiro e sem filhos, o escritor passou grande parte da sua vida morando em hotéis e pensões da capital gaúcha. Entre eles, durante mais de 12 anos, viveu no Hotel Magestic, que foi tombado e se transformou na Casa de Cultura Mario Quintana.

Em 1960, foi publicada a sua "Antologia Poética", organizada por Rubem Braga e Paulo Mendes Campos, com mais de 60 poemas inéditos. A obra teve boa repercussão no meio editorial e recebeu o Prêmio Fernando Chinaglia como melhor livro do ano.

Apesar de ter vários amigos da Academia Brasileira de Letras, a exemplo de Cecília Meireles e Carlos Drummond de Andrade, Quintana nunca conseguiu vencer a eleição para uma cadeira de imortal. Após a derrota na terceira eleição, o autor não perdeu o bom humor característico de sua obra e compôs um pequeno poema sobre o fato. "Todos esses que aí estão/ atravancando meu caminho,/ eles passarão.../ eu passarinho!". Apesar de não ter entrado para Academia, em 1981, o poeta recebeu o Prêmio Machado de Assis e, em 1981, o Prêmio Jabuti de Personalidade Literária do Ano.

Quintana recebeu inúmeras homenagens durante a vida,porém morreu negando as reverências. "Dizem que sou modesto. Pelo contrário, sou tão orgulhoso que acho que nunca escrevi algo à minha altura. Porque poesia é insatisfação, um anseio de auto-superação. Um poeta satisfeito não satisfaz".

Entre as suas obras publicadas estão "A Rua dos Cataventos" (1940), "Canções" (1945), "Sapato Florido" (1947), "Espelho Mágico" (1948), "O Aprendiz de Feiticeiro" (1950), "Poesias" (1962), "Pé de Pilão" (1968), "Apontamentos de História Sobrenatural" (1976), "Quintanares" (1976), "Nova Antologia Poética" (1982), "Batalhão das Letras" (1984), "Baú de Espantos" (1986), "Preparativos de Viagem" (1987) e "Velório sem Defunto" (1990).




AMOR É SÍNTESE

Por favor, não me analise
Não fique procurando cada ponto fraco meu.
Se ninguém resiste a uma análise profunda,
Quanto mais eu...

Ciumento, exigente, inseguro, carente
Todo cheio de marcas que a vida deixou
Vejo em cada grito de exigência
Um pedido de carência, um pedido de amor.

Amor é síntese
É uma integração de dados
Não há que tirar nem pôr
Não me corte em fatias
Ninguém consegue abraçar um pedaço
Me envolva todo em seus braços
E eu serei o perfeito amorAMOR É SÍNTESE

Por favor, não me analise
Não fique procurando cada ponto fraco meu.
Se ninguém resiste a uma análise profunda,
Quanto mais eu...

Ciumento, exigente, inseguro, carente
Todo cheio de marcas que a vida deixou
Vejo em cada grito de exigência
Um pedido de carência, um pedido de amor.

Amor é síntese
É uma integração de dados
Não há que tirar nem pôr
Não me corte em fatias
Ninguém consegue abraçar um pedaço
Me envolva todo em seus braços
E eu serei o perfeito amor


Fontes de Pesquisa:
http://educacao.uol.com.br/biografias
www.pensador.info/autor/marioquintana


Trabalho de Pesquisa: Eliana Ellinger (Shir)

Nenhum comentário:

Postar um comentário