Este blog tem por finalidade, homenagear consagrados poetas e escritores e, os notáveis poetas da internet.
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Clube de Poetas









domingo, 5 de junho de 2011

RAUL DE LEONI

RAUL DE LEONI
( 1895 - 1926 )

Raul de Leoni Ramos nasceu em Petrópolis e no Rio de Janeiro fez os estudos primários e secundários, partindo em seguida para a Europa onde passou sua adolescência. De volta ao Brasil, ingressou na Faculdade Livre de Direito, no Rio de Janeiro, formando-se em 1916.

Em 1917, graças ao apoio do então Ministro do Exterior, Nilo Peçanha, ingressa na carreira diplomática, sendo designado, no ano seguinte, para servir em Havana, Cuba. Interrompe a viagem, contudo, sendo designado para servir em Montevidéu onde ficou apenas três meses. Transferido para o Vaticano, acaba por abandonar a carreira, passando a trabalhar como inspetor numa companhia de seguros.

Ganha notoriedade nos meios literários ao publicar, em 1919, Ode a um Poeta Morto. Pouco tempo depois, novamente graças à influência de Nilo Peçanha, Leoni é eleito deputado na Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro. Não chega tomar posse, adoeceu e, a fim de realizar tratamento para cura da tuberculose, retira-se à cidade de Itaipava.

Em 1922, publica Luz Mediterrânea. Por sua posição estético-filosófica e pelo cuidado com a forma de seus poemas, Leoni é considerado por alguns críticos, um poeta parnasiano. Trata-se, pois, de uma visão simplista. Segundo Alfredo Bosi, "não sendo um poeta sentimental, nem por isso se transformou em um 'poeta de ideias', levava em si o artista que funde o conceito na imagem e o pensamento na palavra em que todo se compraz".
Leitor de Paul Valéry, Raul de Leoni foi, de fato, um poeta de formas antigas, mas também era, ainda segundo Bosi, "inteligência ousadamente moderna".
O grande poeta Raul de Leoni, faleceu em Itaipava aos 31 anos de idade, vítima da tuberculose.

CREPUSCULAR


Poente no meu jardim... O olhar profundo
Alongo sobre as árvores vazias,
Essas em cujo espírito infecundo
Soluçam silenciosas agonias.

Assim estéreis, mansas e sombrias,
Sugerem à emoção em que as circundo
Todas as dolorosas utopias
De todos os filósofos do mundo.

Sugerem... Seus destinos são vizinhos:
Ambas, não dando frutos, abrem ninhos
Ao viandante exânime que as olhe.

Ninhos, onde vencida de fadiga,
A alma ingênua dos pássaros se abriga
E a tristeza dos homens se recolhe...

Fontes de Pesquisa:
http://www.wikipedia.org
www.educacao.uol.com.br

Trabalho de Pesquisa: Eliana Ellinge(Shir)

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