Este blog tem por finalidade, homenagear consagrados poetas e escritores e, os notáveis poetas da internet.
A todos nosso carinho e admiração.

Clube de Poetas









quarta-feira, 28 de novembro de 2012

MARCOS SERGIO T. LOPES





Seu nome vem do latim e tem como significado "o grande orador". É emotivo e muito ligado à família, tem muita energia e precisa manter mãos e cabeça sempre ocupadas com alguma coisa. Nas relações de amor ou de amizade se doa de forma plena, mas quando se machuca, recolhe-se ao seu eu interior para curar feridas e alçar novos voos, sem mágoas ou ressentimentos volta a sonhar. Sonhos arados com a certeza de que tudo que é bem cultivado floresce e a colheita será farta. Assim é Marcos Sergio T. Lopes, viajante do tempo nascido em Urânia (SP) e residente em Rio Claro, seu berço paulista. Trabalhou na área de Telecomunicações como instalador de telefones e por garra e esforço conquistou a cargo de Coordenador de Escritório de Serviços como Gerente de Setor.Tem certa bagagem em Teatro Amador, onde atuou por dez anos em rádio, o que lhe deu suporte para as belas narrações, onde as palavras ganham tons que o poeta em sentimento as escreveu. Homem simples, sensível, objetivo e metódico, sempre batalhou muito para alcançar os objetivos traçados na vida, esta viagem temporária onde estamos para aprender, ensinar, compartilhar, fortalecer o corpo e burilar a alma, tendo o livre arbítrio como forma de escolha para nossos atos e  a consciência sempre apontando o lado certo por onde navegar, pois que navegar é a forma de aprendizagem na qual o homem evolui como ser humano e sente as dores do mundo, Marcos com sua sensibilidade aguçada tem em si o todo, não partes ou fragmentos do que ocorre à sua volta... Como poeta traz coração de portas e janelas abertas, sentimento fluindo em emoções que alcançam nossas almas, arrepio na pele, encontro perfeito entre o poeta e o leitor, que sente a poesia escrita, como se sua fosse. E numa contagem regressiva, ele vai alinhavando com sinceridade e inspiração o tempo que passa... Como alquimista que é, tem poder de reunir todos os tempos num só: -POESIA!
 
Anna Peralva
 
 
 

 
“CONTAGEM REGRESSIVA”

Marcos Sergio T. Lopes
 
 

Nesse tempo que passa
Me arrasta...
Numa rasteira que rechaça.
Morde minha pele
Deixando marcas profundas
Sinais impregnados por esse
Que ri do meu porvir a fugir.
Fica essa contagem ingrata
Tão sem graça!
Atazanando cada momento meu.
A cada olhada no espelho
Uma surpresa irritante
Nos sinais a crescer.
Morde o canto dos olhos
Afunda os lábios
Na flacidez que se faz
No fulgor partindo
Levando a plenitude
Deixando o cansaço.
Molesta-me esse acesso
Carregado, agora, de passos lentos
Nas lembranças que se aglomeram
Na nostalgia que se agiganta.
Abro a janela do meu quarto
Sinto a brisa trazendo a noticia
O arrepio do abraço frio
Na certeza de mais um dia
Perdendo na conta de tantos perdidos.
Quantos mais?
A pergunta bruta me assusta.
Será uma surpresa...
Algo me diz.
Numa despedida cálida
Num adeus cambaleante
Na partida...
Mesmo a contragosto.
Abandono do porto
Para atracar no desconhecido
Onde não saberei mais.

04/12/2010


Trabalho de arte: Marilda Ternura

MARLENE CONSTANTINO




Aos dois de fevereiro ela aportou no cais da vida terrena e foi escolhido como porto a Capital de São Paulo. Ali cresceu, menina sonhadora e amante da natureza, aquarela mágica que o Criador retoca todos os dias para nos presentear.  

Marlene Constantino é uma aprendiz da vida, sempre em busca da evolução espiritual. O passado foi o início  de tudo... O presente é a vivência burilando o ser passante e o futuro, a somatória dos tempo, onde a bagagem se faz pesada ou não... 

Ela escreve desde a adolescência, mas não se julga poeta. Diz que escrever é um hobby, uma forma de liberdade onde extravasa sentimentos... Possuiu dois livros não publicados, "Vale Fértil" e "Semeador de Sonhos". Marlene tem a música como uma parceira íntima que desperta sua inspiração, sons e notas que tocam a alma e desaguam emoções sobre a virgindade da folha branca, em espera para ser preenchida pela estesia da poesia, expressão perfeita da palavra.

Em suas poesias liberta seu eu sonhador, emotivo e apaixonado. Verseja com o coração aberto, pensamentos sem amarras e um fluir místico que sempre nos toca, arrepia a pele...
Tem como nick ^A^¤Söl*®  significado egípcio: - o místico e imaginário, o grande pássaro a caminho do sol. 
"Sou fascinada por pássaros, e tudo o que está à frente, acima e além de mim".          
Marlene é  formada em psicologia, o que a torna fascinada pela natureza humana, sua complexidade e a 
diversidade existente entre as criaturas. Cada ser humano é único neste vasto Universo, onde existem raças, línguas e credos tão distintos. Esta é mais uma lição de Deus para que possamos aprender e respeitar as diferenças.
Para Marlene Constantino o amor é o maior dos sentimentos, cura para todos os males, remédio abençoado que todos teem ao alcance, basta usar e teremos um mundo bem mais pleno, unido e os povos conhecerão a igualdade tão sonhada. Nossa poeta valoriza a amizade, o respeito entre as pessoas, a sinceridade que se vê no olhar que nada oculta,
a delicadeza e a harmonia, paz que une, cria laços, acalma as inquietudes e traz serenidade.
Deixo para vocês esta frase maravilhosa e assino embaixo:

" -Acredito que o amor é um sentimento uno e eterno, o que morre são as paixões, o amor para sempre, vive".

Anna Peralva


Às vezes dói...

Marlene Constantino



Às vezes dói...

aperta, espeta, sangra.
Quanta aflição!
Cadê o juízo para este coração? 
Às vezes é preciso 
afrouxar os laços, rasgar o encanto.
Fechar os olhos,
fugir dos pensamentos e crer que, 
o vazio ainda é a melhor solução...
Mas as feridas tem olhos de gato
enxergam no escuro...
quando tocadas sangram até na cova.
Então, pra que o véu?
Por que fugir do inferno?
Enfrentar... 
sim encarar a outra face da verdade, 
mesmo que, dilacerada, moída, acabada...
Aceitar...
a rosa sem cor, 
os espinhos afiados do Amor.
22/10/2011 


Trabalho de arte: Marilda Ternura

terça-feira, 27 de novembro de 2012

SYLVIA PLATH




SYLVIA PLATH
(1932 - 1963)
 
 
 
Sylvia Plath nasceu em Boston, Massachusttes, em 27 de outubro de 1932. Seu pai, Otto Plath, foi um imigrante alemão, professor de entomologia na Universidade de Boston.
Quando Sylvia tinha apenas oito anos, seu pai faleceu e essa perda deixou nela cicatrizes psicológicas profundas, principalmente porque tinha propenção para o desenvolvimento de estados de depressão. Ao mesmo tempo em que o pai se tornou uma espécie de referência para ela, trouxe-lhe também uma sensação de abandono e de mágoa, como se ele tivesse cometido suicídio pelo fato de não ter buscado tratamento durante a doença.
Essa mesma sensação de abandono e mágoa manifestou-se após o término do seu casamento, desaguando, com muita força, na poesia "Daddy" (Papai), onde algumas pessoas encontram, no mesmo poema, referências emocionais, tanto ao pai quanto ao ex-marido.
Em 1950 Sylvia entra para o "Smith College", em Northhampton, Massachusetts, ao mesmo tempo em que continua a escrever, tanto para o jornal do "Smith College" como para revistas de circulação nacional. Em 1953, Sylvia começou a apresentar sinais mais claros de depressão, até que em 24 de agosto desse ano, aproveitando-se de uma ocasião em que ninguém estava em casa, Sylvia se escondeu num canto da e tomou um punhado de pílulas para dormir. Apenas no dia 26, Sylvia foi descoberta, ainda viva e encaminhada a um hospital.
Em janeiro do ano seguinte, Sylvia foi liberada para voltar ao "Smith College", onde prosseguiu com seu sucesso acadêmico, graduando-se com o mais alto conceito - summa cum laudae.
Com uma bolsa de estudos Fullbright, Sylvia foi para a Cambridge University na Inglaterra, onde, no início de 1956 conheceu o poeta Ted Hugher, o grande "garanhão", com quem casou-se, quatro meses depois.
 Ted Hughes foi um excelente poeta inglês, tendo inclusive sido um "Laureate Poet" (Poeta Laureado), de 1984 até a sua morte. Esse título foi algo como, um "poeta da casa real" e é, hoje em dia, uma honraria concedida pela realeza britânica à um poeta que se destaca. Apesar de toda a sua obra poética, Hughes, aparentemente, era bastante grosseiro em sua vida doméstica, conforme atestam alguns relatos de sua convivência com a sua segunda esposa, Assia Wevill.
No início do casamento, Sylvia dedicou-se a promover a carreira literária do marido, sendo que, em 1957, a obra de Hughes "The Hawk in the Rain" ganhou um prêmio e a publicação nos Estados Unidos e, seguida, na Inglaterra.
Em junho de 1957, o casal foi para os Estados Unidos e Sylvia começou a lecionar no "Smith College" mas, findo o semestre letivo, resolveu não tornar à sua função.
Sylvia e Hughes ficaram nos Estados Unidos até o final de 1959, quando ela, grávida, e o marido voltaram para a Inglaterra, onde em 1º de abril de 1960, nasceu Frieda, a primeira filha do casal.
Em fevereiro de 1961, Sylvia foi vítima de um aborto, mas, em janeiro de 1962, depois da mudança do casal, de Londres para Devon, nasceu o segundo filho, Nicholas.
Porém, o casamento começou a desmoronar. A razão definitiva foi o envolvimento de Ted Hughes com Assia Wevill, então casada com o poeta David Wevill. Em outubro de 1962, Ted saiu definitivamente de casa e, a partir daí, Sylvia, com toda sua decepção, escreveu alguns dos melhores poemas de sua carreira.
Em dezembro, ela volta com os filhos para Londres e, em 1963, seu romance "The Bell Jar" (A Redoma de Vidro), um romance semi-autobiográfico, sob o pseudônimo de Victória Lucas, com detalhamentos do histórico de sua luta contra depressão, foi publicado na Inglaterra.
Porém, ela entrou num estado de desestruturação psicológica irreversível. Traída pelo marido, atormentada por uma gravidez da rival, sozinha, com filhos pequenos, num inverno perverso e sem sol, num apartamento sem telefone e com um aquecimento deficiente, Sylvia desistiu da vida. Em 11 de fevereiro de 1963, após preparar pão e leite e deixa-los no quarto dos filhos, selou as frestas da porta. Desceu para a cozinha, selou-a também, tomou uma grande quantidade de narcóticos, deitando logo após a cabeça no interior do forno, com gás ligado.
A partir de seu suicídio e após a publicação de "Ariel", em 1965, Sylvia Plath se tornou um dos grandes mitos da literatura norte-americana e creditada por dar continuidade ao gênero de poesia confessional, iniciado por Robert Lewel e W.D. Snodgrass.
 Além da força de seu trabalho literário, os acontecimentos de sua vida e os fatos trágicos que se passaram com aqueles que com ela se envolveram, direta ou indiretamente, contribuíram - e contribuem - para uma aura que se formou em torno da poeta.



ESPELHO
 


Sou prata e exato. Eu não prejulgo
O que vejo engulo de imediato 
Tal qual é, sem me embaçar de amor ou desgosto.
Não sou cruel, tão somente veraz —
O olho de um deusinho, de quatro cantos.
O tempo todo reflito sobre a parede em frente.
É rosa, com manchas. Fitei-a tanto
Que a sinto parte de meu coração. Mas vacila.
Faces e escuridão insistem em nos separar.
Agora sou um lago. Uma mulher se inclina para mim,
Buscando em domínios meus o que realmente é.
Mas logo se volta para aqueles farçantes, o lustre e a lua.
Vejo suas costas e as reflito fielmente.
Ela me paga em choro e agitação de mãos.
Sou importante para ela. Ela vai e vem.
A cada manhã sua face reveza com a escuridão.
Em mim afogou uma menina, e em mim uma velha
Salta sobre ela dia após dia como um peixe horrendo.
 
(Tradução de Vinicius dantas)

Fontes de pesquisa:
 
 
 Trabalho de Pesquisa Eliana Ellinger (Shir)

ANA HATERLY




ANA HATERLY
Ana Hatherly nasceu a 8 de maio de 1929, na cidade do Porto, em Portugal.
Poeta, romancista, ensaísta, artista plástica e tradutora, iniciou sua carreira literária em 1958.
Tendo sido um dos principais elementos do grupo de Poesia Experimental nos anos 60 e 70, seu trabalho está representado nas mais importantes Antologias e Histórias da Literatura Contemporânea de Portugal, Brasil, Espanha, Inglaterra, Alemanha, Estados Unidos, Dinamarca, Suécia, Holanda e República Checa.
Durante as duas últimas décadas, tem-se dedicado ao estudo da literatura portuguesa e espanhola do "Siglo d'Oro", tendo publicado vários ensaios e comunicações sobre o tema em várias das mais conceituadas piblicações literárias de Portugal e do estrangeiro.
Licenciada pela Universidade de Lisboa e Doutorada em Literaturas Hispânicas pela Universidade de Berkeley (U.S.A.), é atualmente Professora Catedrática de Literatura Portuguesa na Universidade Nova de Lisboa e Presidente do Instituto de Estudos Portugueses da mesma Universidade. É ainda membro da Direção do PEN Club, de que já foi presidente.
Referenciada, a nível poético, como um dos mais importantes das vanguardas portuguesas da segunda metade do século, as suas poesias reunem fortes tendências barroquizantes e visuais que a têm levado a um apagamento de fronteiras entre a expressão poética e intervenção plástica. 
É esse o caso, por exemplo, de Mapas da Imaginação e da Memória (1973) , bem como das várias exposições que incluem desenho, pintura e colagem, realizadas em galerias e centros de exposições como o Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian, Museu do Chiado da Costa de Serralves, para além das participações na Bienal de Veneza e Bienal de São Paulo (Brasil). 

AUTO RETRATO
Este que ves, de cores desprovido,
o meu retrato sem primores é
e dos falsos temores já despido,
em sua luz oculta põe a fé.
Do oculto sentido dolorido,
este que ves, lúcido espelho é
e do passado o grito reduzido,
o estrago oculto pela mão da fé.
Oculto nele e nele convertido
do tempo ido escusa o cruel trato,
que o tempo em tudo apaga o sentido;
E do meu sonho transformado em acto,
do engano do mundo já despido,
este que vez é o meu retrato.


 Trabalho de Pesquisa Eliana Ellinger (Shir)

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

NANY SCHNEIDER



Foi em Curitiba, linda capital do Paraná que uma bela menina aportou na vida, com olhinhos curiosos e brilhantes. Tudo era tão colorido! Tantas coisas para serem descobertas, tanto havia para doar, aprender e ensinar... Assim Nany Schneider chegou ao porto deste tempo... E a menina crescia cheia de sonhos na alma pueril... Desde pequena entendia dos mistérios que pairam sobre a vida. Como desvendá-los?... E nasceu outra vez, agora como poeta! Ainda bem jovem participava ativamente de eventos literários. As estações cumpriam seu ciclo e ela nascia outra vez... Como mulher Nany conheceu o amor em todos os seus sentidos e mais uma vez nasceu, como mãe, sentimento bendito no ventre abençoado. No caminho trilhado ela vibrou, sofreu, chorou profundas dores do corpo, amargou o desamor e cresceu como ser humano neste estágio de aprendizagem. Residente de Curitiba, Nany faz parte de vários Grupos e Academias de Literatura e tem um Site cheio de carinhos e poesias, o http://www.bettyboopstar.com.br, onde divulga escritores e mensagens culturais.
Tem como formação psicologia/parapsicologia/professora, atuando hoje, como escritora, webmistress e designer. Pinta palavras em poesias e poesias em belas aquarelas.
Justa e amiga sempre sai para advogar pelos mais fracos. Humana e humilde corre para acolher e defender os animais. Assim  é Nany, nascida e renascida tantas vezes for preciso para alcançar a paz de espírito que norteia o ser em busca de luz.

 Anna Peralva

ACENDA A LUZ DO MEU QUERER
  
Perdidos estão meus pensamentos,
Talvez atrás do escuro em que se esconde.
Sinto a falta de um amor presente, já existente.
Amor que está apenas aguardando a hora.
Hora de saber não ser maculado, machucado, mutilado.
A noite carrega sonhos vãos,
Entre névoas pouco iluminadas.
Preciso de luz para ler meus pensamentos...
Os mais íntimos, mais escondidos, menos sofridos.
Entre brumas, sei que está esperando.
Assim como eu, a tão procurada felicidade.
Mas não demore, não se atrase, tenho pressa.
Acenda a luz do meu mais profundo querer.
 
 Nany Schneider
Curitiba -Paraná

Trabalho de Arte: Marilda Ternura

VICENTE AUGUSTO DE CARVALHO


VICENTE AUGUSTO DE CARVALHO
(1866 - 1924)
 
 
Vicente Augusto de Carvalho, advogado, jornalista, político, abolicionista,
fazendeiro, deputado, magistrado, poeta e contista brasileiro,
nasceu em 5 de abril de 1866, filho do major Higino José Botelho de Carvalho e de Augusta Carolina Bueno, descendente de Amador Bueno, o Anunciado.
Formou-se em 8 de novembro de 1886, com 20 anos, pela Faculdade de Direito de São Paulo, no curso de Ciências Jurídicas e Sociais, sendo que para matricular-se teve que obter licença especial da Assembléia Geral do Império, por não ter a idade mínima para cursar a cátedra de direito.
Quando deputado, foi membro da comissão de redação da Constituição do Estado de São Paulo e Secretário de Interior, tendo abandonado a política logo após.
Foi fazendeiro em Franca, entre 1896 e 1901, quando retornou a Santos e lá se estabeleceu como advogado. Em 1907 transferiu-se para São Paulo, tendo sido nomeado Juiz de Direito no ano seguinte e, a partir de 1914, Ministro do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo.
Como jornalista, colaborou em vários jornais, como O Estado de São Paulo  e A Tribuna. Em 1889, fundou o Diário da Manhã, em Santos e, em 1905, O Jornal.  Serviu como redator da revista Idéia e República, tendo publicado versos, estreou na prosa numa polêmica com o poeta Dias da Rocha.
Em 1885 publicou seu primeiro livro Ardentias. Três anos depois, Relicário. e em 1902 Rosa, Rosa de Amor.
A obra que marcou sua carreira poética, Poemas e Canções, foi primeiro publicada em 1908 com prefácio de seu amigo Euclides da Cunha e teve 17 edições.
Vicente Augusto de Carvalho casou-se em 1888 com Ermelinda Ferreira de Mesquita (Biloca), em Santos, com quem teve quinze filhos.
Foi o segundo ocupante da cadeira 29, que teve como patrono Artur de Azevedo, sendo recebido por carta na sessão de 7 de maio de 1910.
Seu estilo flutuou entre o parnasiano, o simbolista e até o quinhentista. Em seus últimos anos, reduziu sua atividade literária embora ainda fizessem versos, dedicando-se aos negócios comerciais e a uma pequena indústria em Santos. E, 1924, faleceu em São paulo, capital.
 
 
SAUDADE
 
Belos amores perdidos,
Muito fiz em perder-vos;
Deixar-vos, sim: esquecer-vos
Fora demais, não o fiz.
 
Tudo se arranca do seio,
- Amor, desejo, esperança...
Só não se arranca a lembrança
De quando se foi feliz.
 
Roseira cheias de rosas,
Roseira cheia de espinhos,
Que eu deixei pelos caminhos,
Aberta em flor, e parti.
 
Por não me perder, pedi-vos:
Mas mal posso assegurar-me,
Como perder e ganhar-me,
Se ganhei, ou se perdi...
 
 
Fontes de pesquisa:
 
 
Trabalho de Pesquisa: Eliane Ellinger (Shir)

ALDA LARA


ALDA LARA
(1930 - 1962)
 
Alda Ferreira Pires Barreto de Lara Albuquerque, nasceu em Bengala em
9 de junho de 1930 e ali passou grande parte da sua infância, por certo
a coligir sentimentos que, mais tarde, exalaria pela poesia que escreveu.
Nascida numa família abastada, foi criada no característico meio crioulo da urbe das Acácias Rubras da décasa de 30, onde apesar da circunstância colonial não faltavam cultores da velha escola republicana portuguesa anterior ao Estado Novo, a par de remanescentes dos tempos da tipóia e do comércio sertanejo.
Teve, como era próprio do seu tempo, uma educação profundamente cristã, o que lhe conferiu "um vincado espírito de liberalismo".
Depois de ter concluido o sexto ano num colégio de madres em Sá da Bandeira (atual Lubango), partiu para Lisboa, onde terminaria os estudos liceais e frequentou a Faculdade de Medicina.
Durante este período manteve uma estreita ligação com a Casa dos Estudantes do Império, tendo sido colaboradora em jornais e revistas de relevância na época, tais como a Revista Mensagem-CEI, o Jornal de Bengala, o Jornal de Angola, o ABC e Ciência.
Nessas publicações, surgiram seus primeiros escritos poéticos, também publicados em várias antalogias, até surgir seu primeiro livro, intitulado Poesias , em 1960.
Como 'Poeta da Geração Mensageira', suas poesias transpiram exílio, saudade obsessiva da terra e suas gentes, os lugares da infância, os amigos e as expectativas de um futuro em que pretendia participar logo que possível faz de Lara, uma mensageira da sociedade civil, lutando com as armas de que dispunha a sua poesia, onde a política, estando implícida, é sobretudo do foro de seus sentimentos.
Alda Lara é considerada importante poetisa de Bengala, por suas obras e tem o lugar de excelência que lhe cabe na literatura e declamação, precursora de uma pré-poesia angolana que à época despontava. Foi, e é até hoje, a voz feminina de maior sensibilidade, aliando ao acervo poético significativo que deixou, uma oficina passível de ser classificada já na década de 60 do século findo como de modernidade.
Alda Lara faleceu prematuramente em 1962 e, após sua morte, a Câmara Municipal de Sá da Bandeira, atual Lubango, decidiu instituir o Prêmio Alda Lara de Poesia. 
 
 
QUADRAS DA MINHA SOLIDÃO

Fica longe o sol que vi,
aquecer meu corpo outrora...
Como é breve o sol daqui!
E como é longa esta hora...
Donde estou vejo partir
quem parte certo e feliz.
Só eu fico. E sonho ir,
rumo ao sol do meu país...
Por isso as asas dormentes,
suspiram por outro céu.
Mas ai delas! tão doentes,
não podem voar mais eu...
que comigo, preso a mim,
tudo quanto sei de cor...
Chamem-lhe nomes sem fim,
por todos responde a dor.
Mas dor de quê? dor de quem,
se nada tenho a sofrer?...
Saudade?...Amor?...Sei lá bem!
É qualquer coisa a morrer...
E assim, no pulso dos dias,
sinto chegar outro Outono...
passam as horas esguias,
levando o meu abandono...

Fontes de Pesquisa:
 
Trabalho de Pesquisa: Eliana Ellinger (Shir)
 

FRANCISCO OTAVIANO


FRANCISCO OTAVIANO
(1825 - 1884) 
 
 
Francisco Otaviano de Almeida Rosa, advogado, jornalista, político, diplomata e poeta, nasceu no Rio de Janeiro, em 26 de junho de 1825, e faleceu na mesma cidade em 28 de junho de 1884. É o patrono da cadeira nº 13 da Academia Brasileira de Letras, por escolha do fundador, Visconde de Taunay.
           Filho do Dr. Otaviano Maria da Rosa, médico, e de Joana Maria da Rosa, fez os primeiros estudos no colégio do professor Manuel Maria Cabral, e no decorrer da vida escolar dedicou-se principalmente às línguas, à história, à geografia e à filosofia. Matriculou-se na Faculdade de Direito de São Paulo em 1841, na qual bacharelou-se em 1845. Regressou ao Rio, onde principiou a vida profissional na advocacia e no jornalismo, escrevendo nos jornais Sentinela da Monarquia, Gazeta Oficial do Império do Brasil (1846-48), da qual se tornou diretor em 1847, Jornal do Commercio (1851-54) e Correio Mercantil. Foi eleito Secretário do Instituto da Ordem dos Advogados, cargo que exerceu por nove anos; Deputado Geral (1852) e Senador (1867). Como jornalista, empenhou-se com entusiasmo nas campanhas do Partido Liberal e tomou parte preponderante na elaboração da Lei do Ventre Livre, em 1871. Já participara da elaboração do Tratado da Tríplice Aliança, em 1865, quando foi convidado para ocupar a pasta dos Negócios Estrangeiros, mas não a aceitou.
Por ocasião da Guerra do Paraguai, foi enviado ao Uruguai e à Argentina, substituindo o Conselheiro Paranhos na Missão do Rio da Prata. A ele coube negociar e assinar, em Buenos Aires, em 10 de maio de 1865, o 
Tratado de Aliança ofensiva e defensiva entre o Brasil, a Argentina e o Uruguai, no combate comum a Solano Lopez, do Paraguai.
Recebeu o título do Conselho do Imperador e do Conselho Diretor da Instrução Pública.
Poeta desde menino, não se dedicou suficientemente à literetura. Ele mesmo exprimia com frequência a tristeza de haver sido arrebatado à poesia pela política, por ele chamada  "Messalina Impura", num epíteto famoso.
Apesar da carreira fácil, respeitável e brilhante, cultivou sempre a nostalgia
das letras. Sua obra poética representa uma espécie de inspiração do homem médio, mas não banal, o que lhe dá, do ponto de vista psicológico, uma comunicabilidade aumentada pela transparência do verso, leve e corredio. Em torno do eixo central de sua personalidade literária se organizam as tendências comuns do tempo, num verso quase sempre harmonioso e bem cuidado.
Francisco Otaviano ficou para sempre inscrito entre os nossos poetas da fase romântica - mesmo que não tenha exercido a literatura com paixão - e o patriota que foi, deu-lhe lugar entre os grandes vultos brasileiros do século XIX.
Obras literárias: Cantos de Selma, poesias (1872); Traduções e poesias (1881); Poesias Esparsas na Revista da Academia Brasileira de Letras; Poesias, contidas na Lira Popular publicada por Custódio Quaresma. Outras obras: Inteligência do Ato Adicional (1857); As Assembléias Provinciais (1869);  O Tratado da Tríplice Aliança (1870); Questão Militar (Discursos proferidos no Senado e na Câmara dos Deputados pelo Barão de Cotegipe, Saraiva, Francisco Otaviano, Afonço Celso e Silveira Martins).
 
 
 
ILUSÕES DA VIDA
 
"Quem passou na vida em branca nuvem.
E em plácido repouso adormeceu,
Quem não sentiu o frio da desgraça,
Quem passou pela vida e não sofreu,
Foi espectro do homem, não foi homem,
Só passou pela vida, não viveu."
 
** ** **
 
SONETO
 
Morrer, dormir, não mais: termina a vida
E com ela terminam nossas dores,
Um punhado de terra, algumas flores,
E às vezes uma lágrima fingida!
 
Sim, minha morte não será sentida,
Não deixo amigos e nem tive amores!
Ou se os tive mostraram-se traidores,
Algozes vís de uma alma consumida.
 
Tudo é pobre no mundo; que me importa
Que ele amanhã se esb'roe e que desabe,
Se a natureza para mim já está morta!
 
É o tempo já que o meu exílio acabe;
Vem, pois, ó morte, ao nada me transporta
Morrer, dormir, talvez sonhar, quem sabe?
 
Fontes de Pesquisa:
 
 
Trabalho de Pesquisa: eliana ellinger (Shir)

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

MARCOS MILHAZES


Marcos Milhazes é "um simples escrevedor" descendente de uma família tradicional da Bahia, os Magalhães Milhazes. Desde o tempo do ginásio gosta de escrever e seu primeiro trabalho literário foi sobre Iracema ( José de Alencar), mas este lado poeta ficou adormecido por 25 anos e só despertou com a magia do computador, onde as palavras ganham asas e voam livres de amarras, ultrapassam todos os tipos de fronteiras e conquistam o mundo. E pelas mãos do webmaster Bruno Cabral, Marcos Milhazes aportou  no mundo da poesia com uma única página, que trazia no céu o visual das pombinhas, que é o seu registro de nascimento.
 Nosso poeta escritor é um homem de mil facetas... Formado em Ciências Contábeis, Perícia Judicial TRT, Desportista, Músico Percursionista e Técnico em Merchandising. O escritor de " A Cidade dos Olhos Claros " mantém-o como "um livro fechado", (palavras do autor)... Na parceria com a poetisa Edna Liany nasceu um projeto  (participação de vários poetas), ensaio poético batizado de "Duetos de Outono" e um ebook presenteado por Eliane Gonçalves, "O Mágico das Letras Flutuantes". Para Marcos Milhazes "o dom de escrever é de berço. Tem-se ou não." Verdade que se traduz nas belas e imortais poesias e contos que dobram as linhas do tempo e permanecem atuais,  vivas e sábias.

Marcos tem um site, o  Milhas de Amor, fundado no ano de 2000, onde todas as suas obras estão publicadas e o Bar dos Sentimentos, projeto criado com Eliane Gonçalves, poetisa e educadora, palco livre cujo cenário são poetas amigos divulgados com pompa e louvor, tudo em nome da poesia, luz que alimenta a alma e sustenta sonhos, verdades e inspiração.

O poeta escrevedor mora na Região dos Lagos, RJ, que com suas dezenas de lagoas, mares de oceano e brisa que sopra versos, onde a métrica perfeita sussurra poemas de amor em harmonia e tudo que se vê e ouve, fala de paz. E neste belo cenário da natureza, obra pintada pelo Criador, um homem com espírito de criança segue sempre em frente, levando consigo a bandeira branca das palavras, palavras estas que ele tão bem sabe usar.

" Aprendi ainda novo com as águas tempestuosas. Que em rios de correntezas galhos velhos procuram as margens"
                                                                               (M.Milhazes)
Anna Peralva




O amor
Marcos Milhazes 


O amor não se delega
e muito menos se renega.
Ele sempre se rega e
nunca se nega.
Quer sempre o que carrega
E se entrega como diz a
tal da bendita regra.

A paixão que espere.
A lucidez que se supere.
A razão que não se desespere.
Mas que também espere.

E ele soberano aparece primeiro
Como mestre que o é
de todos os sentimentos
alados e proclama.

Eu o amor a
despeito da dor
que por muitas vezes me
 descarta ou  adia
Sempre começarei e
recomeçarei
Todo o santo dia...
  

Milhas de Amor
http://www.milhasdeamor.com.br/


Trabalho de Arte: Marilda Ternura

JOSÉ SARAMAGO



JOSÉ SARAMAGO 
(1922 - 2010)


José de Sousa Saramago nasceu em Azinhaga, aldeia ao sul de Portugal,
sua família era de camponeses.
Autodidata, antes de se dedicar exclusivamente à literatura, trabalhou como serralheiro mecânico, desenhista industrial e gerente de produção numa editora.
Iniciou sua atividade literária em 1947, com o romance 'Terra do Pecado', só voltando a publicar um livro de poemas em 1966.
Atuou como crítico literário em revistas e no jornal Diário de Lisboa. Em 1975 tornou-se diretor-adjunto do jornal Diário de Notícias. Acuado pela ditadura de Salazar, a partir de 1976 passou a viver de seus escritos, inicialmente como tradutor, depois como autor.
Em 1980, alcança notoriedade com o livro 'Levantando do Chão', visto como seu primeiro grande romance. 'Memorial do Convento'  confirmaria esse sucesso, dois anos depois.
Em 1991, publica 'O Evangelho de Jesus Cristo', livro censurado pelo governo português. Casado em segundas núpcias com a espanhola Pilar del Rio, Saramago foi exilar-se em Lanzorete, nas Ilhas Canária (Espanha), onde viveu até a morte.
Foi ele o primeiro autor da língua portuguêsa a receber o Prêmio Nobel de Literatura em 1998.
Entre seus livros mais famosos, estão os romances 'O Ano da Morte de Ricardo Reis' (1984), 'A Jangada da Pedra' (1986) e 'O Homem Duplicado' (2002). Também sua peça teatral 'In Nomine Dei' (1993) e os dois volumes de diários recolhidos nos 'Cadernos de Lanzorete' (1994/1997).
José Saramago faleceu em 18 de junho de 2010, aos 87 anos de idade, vítima de leucemia. Seu funeral teve honras de Estado, tendo o seu corpo sido cremado no cemitério do Alto de São João, em Lisboa. As cinzas de Saramago foram depositadas aos pés de uma oliveira, em Lisboa, em 18 de junho de 2011.
 
 
POEMA À BOCA FECHADA
 
 
Não direi:
Que o silêncio me sufoca e amordaça.
Calado estou, calado ficarei,
Pois que a língua que falo é de outra raça.
 
 
Palavras consumidas se acumulam,
Se represam, cisterna de águas mortas,
Ácidas mágoas em limos transformadas,
Vaza de fundo em que há raízes tortas.
 
 
Não direi:
Que nem sequer o esforço de as dizer merecem,
Palavras que não digam quando sei
Nesse retiro em que me não conhecem.
 
 
Nem só lodos se arrastam, nem só lamas, 
Nem só animais bóiam, mortos, medos, 
Túrgidos frutos em cachos se entrelaçam 
No negro poço de onde sobem dedos. 

Só direi, 
Crispadamente recolhido e mudo, 
Que quem se cala quando me calei 
Não poderá morrer sem dizer tudo.
 
 
Fontes de Pesquisa:
 
 
Trabalho de Pesquisa: eliana Ellinger (Shir))
 

JULIA DA COSTA

JULIA DA COSTA
(1844 - 1911)
 
 
Júlia Maria da Costa, filha de Alexandre José da Costa e Maria Machado da Costa, nasceu em Paranaguá no dia 1º de julho de 1844. 
Foi uma figura controvertida, forte, decidida e à frente de seu tempo. Com o auxílio do padre e escritor Joaquim Gomes de Oliveira Paiva, de Desterro, publicou dois livros: Flores Dispersas - 1ª série, e Flores Dispersas - 2ª série. Sob os pseudônimos de Sonhadora, Americana e J.C. (entre outros). Escreveu, além de poesia, muitas crônicas-folhetins, que hoje chamaríamos de crônicas sociais, analisando a moda e relatando festas.
Júlia da Costa casou, em 1871, por conveniência e imposição familiar, com o Comendador Costa Pereira, chefe do Partido Conservador, um homem rico e trinta anos mais velho, embora amasse o poeta Benjamin Carvoliva, cinco anos mais novo. Correspondia-se com ele quase que diariamente durante o namoro e, quando casada, em segredo. Em uma das cartas, que eram colocadas em esconderijos diversos, tais como o oco de uma velha árvore, Júlia sugere que fujam os dois, mas quem foge é Carvolina perante a ousadia da poetisa.
Desiludida, Júlia passa a escrever, febrilmente, poemas cada vez mais desesperançados e melancólicos, começa a frequentar mais e mais serões e festas, pintar os cabelos de negro (em uma época em que somente meretrizes e artistas o faziam), pintar o rosto e usar muitas jóias, participar de campanhas políticas e publicar em jornais e revistas, tornando-se uma lenda viva em sua pequena cidade.
A solidão se tornou cada vez maior depois da morte do Comendador, que a habituara a receber catarinenses ilustres em banquetes e saraus (num dos quais esteve presente o Visconde de Taunay). Viúva, cansada das festas, fecha-se em casa com manias de perseguição. Durante o tempo que permanece enclausurada, planeja escrever um romance e, para tanto, confecciona painéis coloridos com cenas campesinas, interiores de lar e paisagens inspiradoras que espalha pelas paredes.
Nessa velhice solitária, Júlia da Costa enlouquece e permanece fechada no casarão por oito anos, dele só saindo ao falecer em 2 de julho de 1911.


ACORDES POÉTICOS


Não tenho segredos, é pura minh´alma,
Qual cândida aurora rasgando o seu véu!
Velando ou dormindo, chorando ou sorrindo,
Só amo – meus campos – meu solo – meu céu!



Cresci sobre um ermo tristonho e sombrio,
Soltei nas campinas meu primo cantar,
Saudei nas montanhas o sol que nascia,
Brinquei entre moitas ao claro luar!



Sou jovem, sou meiga, sorri-me o futuro
Nas fímbrias douradas de auroras de paz,
A flor das campinas só ama o infinito
Do céu, das venturas, não quer nada mais!



As flores dos prados não causam-me inveja,
Que hei flores mimosas no meu coração!
Lauréis e grandezas, eu não, não aspiro,
Não quero ter gozo tão falso, tão vão!



Não tenho segredos, é pura minh´alma,
Qual cândida aurora rasgando o seu véu!
Velando ou dormindo, chorando ou sorrindo,
Só amo – meus campos – meu solo – meu céu!


fontes de pesquisa:

Trabalho de Pesquisa: eliana Ellinger (Shir)