Este blog tem por finalidade, homenagear consagrados poetas e escritores e, os notáveis poetas da internet.
A todos nosso carinho e admiração.

Clube de Poetas









sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

RUTILENE SANTOS NEVE


Era março, tempo das águas... Mas não era o fim do caminho! Era um dia de alegria e o calendário marcava o sorriso da chegada e um 28 ficaria para sempre lembrado como um sinal de esperança. Todo ano, nesta data a vida é comemorada como um canto renovador por Rutilene Santos Neves, a nossa
querida poeta Ruthy Neves!
Ruthy reside em Taubaté no Estado de São Paulo. Romântica e sonhadora na medida exata... Caminha com os pés no chão. Apenas alça voos, quando em versos deixa a alma liberta e a palavra corre, num lirismo livre, leve e solto...
Conhecedora de si tem por prioridade ser e fazer feliz quem a acompanha nesta viagem terrena e segue seus passos pelas trilhas do aprendizado em busca de sabedoria, maior legado que um ser humano pode deixar escrito em seu livro.
Ruthy é Educadora Física e tem uma Academia de Ginástica desde 1987, onde cuida da saude física e mental dos alunos.
Nas horas vagas gosta ler e estudar, pois acha que nunca sabe o suficiente e quer sempre aprender mais e mais... E assim, vai evoluindo e traçando metas, pois ainda tem muitas coisas que deseja realizar.
Adora ouvir música. É eclética, tendo conteúdo vai desde a clássica até um bom rock. Ama viajar, conhecer novos lugares e suas diversificadas culturas e sente que o horizonte se abre, não fica tão distante...
Começou bem menina a colocar no papel seus sentimentos. Escrever era uma forma de traduzir emoções e para tal é essencial parar e ouvir os sons do coração. Tudo que Ruthy Neves faz é movido pelo amor, matéria-prima fundamental que a torna transparente e em seus olhos brilha uma tranquilidade de quem sabe o que faz e porque faz na alquimia de quem alcançou a paz!
Deus é seu Guia, e Nele ela encontra forças para superar obstáculos e manter a fé viva, fortalecendo o corpo e mantendo o "eu interior" em sintonia com tudo e todos. Assim é Rutinha, doce, alegre, amiga, dedicada à família e poeta que descreve o que sente e vê com beleza e maestria!

Anna Peralva


Eu em você, você em mim


Todo brilho que percebe em meu olhar...
É da alegria que sinto e transmito
Ao ver nos teus olhos a expressão do amar.
O coração palpita e nas mãos sinto um frêmito.

A lua é testemunha.
Não roubo o brilho quando ela...
cobre nossos corpos nus com o manto prateado...
que entra pela janela, o amor tem o luzir dela.

O meu corpo inteiro te chama.
Não tem nada de brandura.
É fogo latejante em carinhos e beijos...
e no fim estão recobertos com amor e ternura.

As emoções são trocadas...
Agora sem a espera.
Tuas mãos percorrem meu corpo...
e a expectativa anterior supera.

Eu em você, você em mim...
Estava escrito e não vimos.
Afogados em coisas passadas...
não demos vazão ao que sentimos.

Hoje sei que o meu fim é em teus braços.
Que rodeiam minha cintura.
Formando um maravilhoso laço.
No presente e no futuro quero ser eternamente tua.

Ruthy Neves

Trabalho de Arte: Maridla Ternura

BRANCA DE GONTA COLAÇO

BRANCA DE GONTA COLAÇO
(1880 - 1945)

Branca Eva de Gonta Syder Ribeiro Colaço, mais conhecida por Branca de Gonta Colaço, foi uma escritora e recitalista portuguesa, erudita e poliglota, que ficou sobretudo conhecida como poetisa, dramaturga e conferencista. Era filha de Ann Charlotte Syder, poetisa inglesa, e do político e escritor português Tomás Ribeiro. Nascida numa das famílias mais ligadas à atividade intelectual da época, na sua juventude convive com nomes de relevo das letras e artes portuguesas.

Com apenas 18 anos de idade, casou-se com o pintor e azulejista Jorge Rey Colaço, adaptando o nome de Branca de Gonta Colaço. O apelido Gonta, na realidade um sobrenome, deriva de Parada de Gonda, a aldeia natal de seu pai.

Cedo, revelando talento para as letras, inicia-se como poetisa e como colaboradora de publicações literárias, contribuindo ativamente para um grande número de jornais e revistas. Deixou colaboração dispersa por múltiplos periódicos, com destaque para os jornais O Dia, de José Augusto Moreira de Almeida, e O Talassa de José Augusto Moreira, um periódico humorístico que foi dirigido pelo seu marido.

Por iniciativa sua, a Academia de Ciências de Lisboa promoveu em 1918 uma homenagem à Maria Amália Vaz de Carvalho. Nessa ocasião, distinguiu-se também como conferencista e recitalista.

Era poliglota, escrevendo correntemente em inglês, sendo-lhe devidas algumas traduções de grande mérito.

Sua obra multifacetada abrange gêneros tão diversos como a poesia, o drama e as memórias. Nela dá um valioso retrato das elites sociais e intelectuais portuguesas do seu tempo, com as quais conviveu e de que fez parte.

Com uma obra reconhecida em Portugal e no Brasil, França e Espanha, foi distinguida por várias sociedades científicas e literárias portuguesas e estrangeiras. O Estado português agraciou-a com a Ordem de Santiago da Espada.

Branca Colaço foi mãe do escritor Tomás Ribeiro Colaço e da escultora Ana de Gonta Colaço.

Faleceu em Lisboa a 22 de março de 1945. Em Lisboa e em Parada de Gonta existem ruas com o seu nome.


O ÚLTIMO ADEUS

Naquela tarde em que nos encontramos
"para o último adeus" - nas garras frias
do "desgosto sem fim" que sempre achamos
qualquer separação de poucos dias...

Tarde de amor em que nos apartamos,
presas das mais acerbas nostalgias,
- talvez porque os protestos que trocamos
valessem mil celestes alegrias -,

Houve um momento - foi um sonho de Arte!
em que um raio de sol veio beijar-te,
com tanto ardor, em rutilâncias tais,

Que eu fiquei muda, a olhar, num gozo infindo,
o beijo que te dava o sol tão lindo...
Mas o teu rosto alumiava mais . . .

Trabalho de Pesquisa Eliana Ellinger (Shir)

ADELINO FONTOURA CHAVES

ADELINO FONTOURA CHAVES
(1859 - 1884)

Adelino Fontoura Chaves foi um jornalista, ator e poeta brasileiro do romantismo, patrono da cadeira 1 da Academia Brasileira de Letras.

Nasceu em Arixá, pequeno povoado maranhence, filho de Antônio Fontoura Chaves e de Francisca Dias Fontoura. Adelino é tio-avô do padre, poeta e escritor Fontoura Chaves. Ainda muito pequeno começa a trabalhar e trava contato com Artur de Azevedo - amizade que perduraria.

Mudando-se para o Recife, onde alista-se no Exército, colaborando numa publicação chamada “Os Xênios”, de teor satírico. Inicia, também a carreira de ator, voltando ao Maranhão para uma apresentação – cujo papel rendeu-lhe a prisão. Após este fato, decide mudar-se para o Rio de Janeiro, onde morava o amigo Artur de Azevedo, anos antes.

Pretendia seguir carreira teatral e o jornalismo, falhando na primeira. Colaborou nos periódicos “Folha Nova” e “O Combate”, de Lopes Trovão e em “A Gazetinha”, onde Azevedo escrevia (1880). Participara junto a outros jovens talentos do jornal “A Gazeta da Tarde” – que seria aziago, no dizer de Múrcio Leão, pois, em menos de três anos de sua fundação, os seus criadores haviam todos morrido.

Tendo sido o “Gazeta da Tarde” comprado por José do Patrocínio e, estando Adelino doente, vai à Europa como correspondente em Paris e pensando tratar-se mas, com o rigor do inverno, piora. Vai a Lisboa onde, apesar das instâncias de Patrocínio para que voltasse ao Brasil, tem seu estado agravado e vindo prematuramente a falecer. Tinha apenas vinte e cinco anos e nenhuma obra publicada.

É patrono da cadeira 38 da Academia Maranhence de Letras.

Ao tomar posse na Academia a 29 de agosto de 2003, Ana Maria Machado retratou o desconhecimento que cerca a obra desse poeta, mesmo entre os eruditos:

“Mas como? Não foi Machado de Assis seu primeiro ocupante? Então ele era o patrono? Não. O patrono, escolhido por Murat, foi Adelino Fontoura. Quem? Pois é... Não encontrei quem, ao ouvir essa correção, identificasse o nome. De minha parte, confesso que também mal havia ouvido falar nele, vaga lembrança de algum poema numa antologia. Pois descobri coisas interessantes na magnífica biblioteca desta nossa Academia, aliás aberta ao público para ser utilizada e fruída.”
Sua obra, esparsa, constitui-se em cerca de 40 poesias, reunidas pela primeira vez na Revista da Academia (números 93 e 117). Foi depois reunida em 1943 e em 1955, por Múcio Leão. Adelino Fontoura não figura na quase totalidade das antologias e históricos da Poesia brasileira - nem a obra "Apresentação da Poesia Brasileira", de outro Acadêmico, Manuel Bandeira, faz-lhe referência.

FRUTO PROIBIDO


Escravo dessa angélica meiguice
por uma lei fatal, como um castigo,
não abrigara tanta dor comigo,
se este afeto que sinto não sentisse.

Que te não doa, entanto, isto que digo
nem as magoadas falas que te disse.
Não as dissera nunca se não visse
que por dize-las minha dor mitigo.

Longe de ti, sereno e resoluto,
irei morrer, misérimo, esquecido,
mas hei de amar-te sempre, anjo impoluto.

És para mim o fruto proibido:
não pousarei meus lábios nesse fruto,
mas morrerei sem nunca ter vivido.


Fontes de pesquisa:
www.pt.wikipedia.org
www.adispersapalavra.blogspot.com

Trabalho de Pesquisa: Eliana Ellinger (Shir)