Este blog tem por finalidade, homenagear consagrados poetas e escritores e, os notáveis poetas da internet.
A todos nosso carinho e admiração.

Clube de Poetas









sexta-feira, 9 de novembro de 2012

FRANCISCO OTAVIANO


FRANCISCO OTAVIANO
(1825 - 1884) 
 
 
Francisco Otaviano de Almeida Rosa, advogado, jornalista, político, diplomata e poeta, nasceu no Rio de Janeiro, em 26 de junho de 1825, e faleceu na mesma cidade em 28 de junho de 1884. É o patrono da cadeira nº 13 da Academia Brasileira de Letras, por escolha do fundador, Visconde de Taunay.
           Filho do Dr. Otaviano Maria da Rosa, médico, e de Joana Maria da Rosa, fez os primeiros estudos no colégio do professor Manuel Maria Cabral, e no decorrer da vida escolar dedicou-se principalmente às línguas, à história, à geografia e à filosofia. Matriculou-se na Faculdade de Direito de São Paulo em 1841, na qual bacharelou-se em 1845. Regressou ao Rio, onde principiou a vida profissional na advocacia e no jornalismo, escrevendo nos jornais Sentinela da Monarquia, Gazeta Oficial do Império do Brasil (1846-48), da qual se tornou diretor em 1847, Jornal do Commercio (1851-54) e Correio Mercantil. Foi eleito Secretário do Instituto da Ordem dos Advogados, cargo que exerceu por nove anos; Deputado Geral (1852) e Senador (1867). Como jornalista, empenhou-se com entusiasmo nas campanhas do Partido Liberal e tomou parte preponderante na elaboração da Lei do Ventre Livre, em 1871. Já participara da elaboração do Tratado da Tríplice Aliança, em 1865, quando foi convidado para ocupar a pasta dos Negócios Estrangeiros, mas não a aceitou.
Por ocasião da Guerra do Paraguai, foi enviado ao Uruguai e à Argentina, substituindo o Conselheiro Paranhos na Missão do Rio da Prata. A ele coube negociar e assinar, em Buenos Aires, em 10 de maio de 1865, o 
Tratado de Aliança ofensiva e defensiva entre o Brasil, a Argentina e o Uruguai, no combate comum a Solano Lopez, do Paraguai.
Recebeu o título do Conselho do Imperador e do Conselho Diretor da Instrução Pública.
Poeta desde menino, não se dedicou suficientemente à literetura. Ele mesmo exprimia com frequência a tristeza de haver sido arrebatado à poesia pela política, por ele chamada  "Messalina Impura", num epíteto famoso.
Apesar da carreira fácil, respeitável e brilhante, cultivou sempre a nostalgia
das letras. Sua obra poética representa uma espécie de inspiração do homem médio, mas não banal, o que lhe dá, do ponto de vista psicológico, uma comunicabilidade aumentada pela transparência do verso, leve e corredio. Em torno do eixo central de sua personalidade literária se organizam as tendências comuns do tempo, num verso quase sempre harmonioso e bem cuidado.
Francisco Otaviano ficou para sempre inscrito entre os nossos poetas da fase romântica - mesmo que não tenha exercido a literatura com paixão - e o patriota que foi, deu-lhe lugar entre os grandes vultos brasileiros do século XIX.
Obras literárias: Cantos de Selma, poesias (1872); Traduções e poesias (1881); Poesias Esparsas na Revista da Academia Brasileira de Letras; Poesias, contidas na Lira Popular publicada por Custódio Quaresma. Outras obras: Inteligência do Ato Adicional (1857); As Assembléias Provinciais (1869);  O Tratado da Tríplice Aliança (1870); Questão Militar (Discursos proferidos no Senado e na Câmara dos Deputados pelo Barão de Cotegipe, Saraiva, Francisco Otaviano, Afonço Celso e Silveira Martins).
 
 
 
ILUSÕES DA VIDA
 
"Quem passou na vida em branca nuvem.
E em plácido repouso adormeceu,
Quem não sentiu o frio da desgraça,
Quem passou pela vida e não sofreu,
Foi espectro do homem, não foi homem,
Só passou pela vida, não viveu."
 
** ** **
 
SONETO
 
Morrer, dormir, não mais: termina a vida
E com ela terminam nossas dores,
Um punhado de terra, algumas flores,
E às vezes uma lágrima fingida!
 
Sim, minha morte não será sentida,
Não deixo amigos e nem tive amores!
Ou se os tive mostraram-se traidores,
Algozes vís de uma alma consumida.
 
Tudo é pobre no mundo; que me importa
Que ele amanhã se esb'roe e que desabe,
Se a natureza para mim já está morta!
 
É o tempo já que o meu exílio acabe;
Vem, pois, ó morte, ao nada me transporta
Morrer, dormir, talvez sonhar, quem sabe?
 
Fontes de Pesquisa:
 
 
Trabalho de Pesquisa: eliana ellinger (Shir)

Nenhum comentário:

Postar um comentário