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Clube de Poetas









sexta-feira, 6 de setembro de 2013

ALFRED DOUGLAS



ALFRED DOUGLAS

(1870 - 1945)


Alfred Bruce Douglas, terceiro filho de John Douglas, o 9º Marquês de Queensberry, e sua primeira esposa Sybil Montgomery, nasceu em Ham Hill House, no Worcestershire. Chamavam-no Bosie (um derivado de Boysie, ou 'rapazinho'), uma alcunha que lhe ficaria para o resto da vida.

Estudou no Colégio de Winchester (1884-1888) que deixou sem obter nenhum diploma. Na Univeridade de Oxford, Douglas foi editor da revista acadêmica 'The Spirit Lamp', atividade que intensificou o conflito permanente entre ele e o pai. A sua relação havia sido sempre tensa, e durante o caso Queenberry-Wilde, Douglas tomou partido de Wilde, chegando mesmo a encorajá-lo a levar seu pai ao tribunal por difamação. Em 1893, Douglas teve um breve namoro com George Cecil Ives.

Em 1891, Alfred conheceu Oscar Wilde e, apesar do dramaturgo ser casado e com dois filhos, rapidamente se envolveram numa relação amorosa. Foi um relacionamento tempestuoso: Douglas era mimado, insolente e extravagante. Esbanjava dinheiro com rapazes e no jogo, querendo que Wilde o acompanhasse nos seus gostos. Frequentemente discutiam e terminavam a relação, mas sempre se reconciliavam.

Depois da morte de Wilde, Douglas tornou-se amigo próximo de Olive Eleanor Custance, uma herdeira que também escrevia poesias. Casaram-se em 1902 e tiveram um filho, Raymond Wilfred Sholto Douglas.

Alfred Douglas publicou vários livros de poesia, dois sobre sua relação com Wild ("Oscar Wild and Myself"), em 1914, escrito em grande parte por T.W.H. Crosland, o editor assistente do The Academy (mais tarde repudiado por Douglas) e "Oscar Wild: A Summing Up", em 1940, e um livro de memórias, "The Autobiography of Lord Alfred Douglas", em 1931.

Traduziu 'Os Protocolos dos Sábios de Sião' , uma de suas primeiras traduções para inglês desse panfleto anti-semita. Foi editor de uma revista literária de 1907 a 1910, no período em que manteve uma relação com a artista Romaine Brooks, também uma bissexual, cujo maior amor de sua vida foi Natalie Clifford Barney e também com a sobrinha de Oscar Wild, Dorothy Wilde.

Alfred Douglas morreu de insuficiência cardíaca, em Lancing, com 74 anos de idade. Foi enterrado no Mosteiro Franciscano de Crawlwy ao lado da sua mãe Sybil, que havia falecido em 1935 com 91 anos de idade. A campa dos dois está coberta com uma única pedra tumular.


UMA CANÇÃO

Roubar dos prados, roubar as altas colinas verdes,
Violentar flores do meu pomar, deixe-me juntar
Uma coroa de flores, pomar e narcisos,
Porque o meu amor é justo e branco e compassivo.

Hoje o ímpeto vibra suas frases mais delicadas,
Flores com seu incenso fizeram bêbado o ar,
Deus se inclinou para dourar os corações de margaridas,
Porque o meu amor é bondoso e branco e justo.

Hoje o sol beijou a filha da roseira,
E triste Narciso, acólito pálido de Primavera,
Pende a cabeça e sorri para a água,
Porque o meu amor é bondoso e justo e branco.



UMA PRECE

Muitas vezes o vento do ocidente cantava para mim.
Haviam vozes no córrego e riachos,
E árvores lamentosas diziam para mim, meu Deus, de ti.
E eu não ouvi. Oh! abra pensamentos em meus ouvidos.

Os juncos sussurando baixo quando eu pensava:
"Seja forte, ó amigo, seja forte, adie os medos vãos,
Não da alma com dúvidas, Deus não pode mentir".
E eu não ouvi. Oh! abra pensamentos em meus ouvidos.

Haviam muitas estrelas para guiar meus pés,
Muitas evzes, a lua delicada, ouvindo meus suspiros,
Alugando nuvens e mostrando de uma rua de prata.
E eu não vi. Oh! Desvenda-me os olhos.

Anjos me acenavam incessantemente
e andavam comigo, sob os céus sombrios.
O amado Cristo estendia Suas mãos para mim;
E eu não vi. Oh! Desvenda-me os olhos.


( As traduções não contém rimas, pois tirariam o sentido de suas poesias)


Fontes de Pesquisa

www.pt.wikipedia.org
http://www.poemhunter.com/lord-alfred-douglas/poems/

Trabalho de Pesquisa: Eliana Ellinger

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