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Clube de Poetas









domingo, 1 de dezembro de 2013

VIRGINIA TAMANINI



 VIRGINIA TAMANINI
(1897 - 1990)
 
 
Virginia Gasparini Tamanini,  nasceu na fazenda Boa Vista, no Vale do Canaã, município de Santa Teresa, no Estado do Espírito Santo. Seus pais, Epifânio Gasparini e Catarina Tamanini Gasparini, ambos italianos que vieram como imigrantes para o Brasil.
Criada em fazenda, aprendeu as primeiras letras e adquiriu alguns conhecimentos equivalentes ao ensino elementar da época com professores particulares. Mais tarde, prosseguiu seus estudos no Rio de Janeiro, sob orientação de seu irmão Américo que cursava a Faculdade Nacional de Direito, sendo que, ao final do segundo ano, interrompeu os estudos por motivo de força maior, regressando à casa paterna.
Autodidata persistente, Virginia continuou nos seus esforços para instruir-se, dedicando todos os momentos de lazer ao estudo e à leitura. Desde cedo revelou inclinação para letras e, ainda jovem, escreveu um romance folhetim "Amor sem Mácula" , publicado em capítulos semanais no jornal "O Comércio", de Santa Leopoldina, usando o pseudônimo de "Walkiria".




Virginia produziu em 1929, 1930 e 1931, as peças teatrais "Amor de Mãe", "Filhos do Brasil", "O Primeiro Amor" e "Onde está Jacinto?", levadas à cena com sucesso.
Membro da Academia Espírito-Santense, tomando parte ativa na organização da "Primeira Quinzena de Arte Capixaba", realizada em Vitória, em 1947. Adaptou, encenou e dirigiu no, Teatro Carlos Gomes, a peça francesa "Cristina da Suécia", em 1947 e, em 1948, outra peça francesa "Atala", a última druidesa das Gálias.
Escritora, romancista e poetisa, pertenceu à Academia Feminina Espírito-Santense de Letras, como patrona da cadeira nº 3, Associação Espírito-Santense de Imprensa, e sócia correspondente da Academia Literária Feminina do Rio Grande do Sul.
Recebeu o título de Cidadã Honorária de várias cidades capixabas e uma rua em Ibiraçu, recebeu seu nome.
Virginia Tamanini foi agraciada com a Ordem do Mérito Marechal José Pessoa, no Instituto Histórico e Geográfico do Distrito Federal, no grau de Comendador.
Aos 89 anos de idade, ocupou a Cadeira nº 15 da Academia Espírito-Santense de Letras, cujo patrono é José Colantino do Couto Barroso.
Virginia G. Tomanini veio a falecer em Vitótia no ano de 1990.
 



 DIA VIRÁ

 
Meu filho:
 
Quando um dia procurares
e não me vires mais,
quando a certeza de minha morte
entrar em tua alma
e fizer teu coração doer,
dá-me teu pranto
que através dele estarei contigo.
Nas lágrimas que chorares,
chorarei;
porque minha dor,
a dor de minha voz não ser ouvida,
a dor de não poder te consolar
será tão grande,
tão esmagadora,
tão penetrante e forte,
que ao sentir-me afastada
do caminho de tua vida,
hei de morrer de novo
após a morte !
 

 

EU VIM ME DESPEDIR
 


Daqui olhando o espaço e a costa em fora,
É tão maravilhoso o que diviso,
Que creio ser assim o Paraíso,
Nem posso de outra forma o imaginar !
 
Por isso penso que Nossa Senhora,
Fugindo ao sopé, quis de improviso
Aparecer aqui, deixando aviso
Da sua escolha para vir morar.
 
Sobre esta penha, sinto o pensamento
Arrebatado pela voz do vento, 
E meus sentidos já não são mais meus.
 
Ao pé da rocha, se distende o mar...
Meus olhos descem para contemplar,
Minha alma sobe para estar com Deus.
 


 Eliana (Shir) Ellinger
 

Fonte de Pesquisa:
 

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