Este blog tem por finalidade, homenagear consagrados poetas e escritores e, os notáveis poetas da internet.
A todos nosso carinho e admiração.

Clube de Poetas









segunda-feira, 9 de março de 2015

ANA LUIZA AMARAL



ANA LUIZA AMARAL
 
 
Ana Luiza Amaral nasceu em Lisboa e vive, desde os nove anos, em Leça da Palmeira. Tem um doutoramento sobre a poesia de Emily Dickinson e as suas áreas de investigação são Poéticas Comparadas, Estudos Feministas e Estudos Queer. É professora associada da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, onde integra também a direção do Instituto de Literatura Comparada Margarida Losa. Tem publicações acadêmicas em Portugal e no estrangeiro. É autora, com Ana Gabriela Macedo, do Dicionário de Crítica Feminista (Porto: Afrontamento, 2005) e preparou a edição anotada de Novas Cartas Portuguesas (1972) de Maria Isabel Barreno, Maria Teresa Horta e Maria Velho da Costa.
Ana Luiza está representada em inúmeras antologias portuguesas e estrangeiras, seus poemas lidos em vários países, como Brasil, Espanha, Irlanda, Rússia, Estados Unidos da América, Alemanha, Romenia, Polônia, Suécia, Holanda, China, México, Colômbia e Argentina.



Em torno de seus livros de poesia e infantís, foram levados à cena espetáculos de teatro e leituras encenadas, como O Olhar Diagonal das Coisas, A História da Aranha Leopoldina, Próspero Morreu ou Amor aos Pedaços.
Em 2007, venceu o Prêmio Literário Casino da Pávoa, atribuido no âmbito do encontro de escritores de expressão ibérica Correntes d'Escritores na Pávoa de Vaizim, com a obra A Génese do Amor. No mesmo ano, foi galardoada na Itália com o Prêmio de Poesia Giuseppe Acerbi. 




Ana Luiza também recebeu, em 2008, o Grande Prêmio de Poesia da APE (Associação Portuguesa de Escritores, com seu livro Entre Dois Rios e Outras Noites.
Em 2014, a Editora Peter Lang, do Reino Unido, edita um livro de ensaios reunidos. 

ESPAÇOS
 
As nuvens não se rasgaram
nem o sol: só a porta
do meu quarto
 
A abrir-se noutras
portas dando para outros
quartos e um corredor ao fundo
 
Não havia janelas nem
silêncios: sinfonias por dentro
a rasgar o silêncio
 
A porta do meu quarto
já nem porta: madeiramento
para o fogo.
 

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NAVEGAÇÕES DOENTES
 
Tenho os sintomas todos:
navegam-me fluidos
e o devaneio em barcos de desejo.
 
Os sons de trovoada
mesmo tapando ouvidos,
esclerótica paixão que não domino.
 
Tenho os sintomas todos
e assim me reconheço
acamada, incurável: na parede do fundo
navegante, os barcos.
 



Eliana (Shir) Ellinger
 

Fontes de Pesquisa:
 
 

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